Você sabe quais são os tipos de estrias e como tratá-las?

Podemos classificar as estrias em dois tipos: as recentes, que são geralmente elevadas e vermelhas, porém podem ser brancas, e frequentemente coçam; e as tardias, que são geralmente brancas e atróficas. Ao toque, são percebidas como depressões lineares. O laser trata todos os dois tipos de estrias, mas é claro que as vermelhas, mais recentes, respondem melhor ao tratamento do que as brancas. As tardias tendem a diminuir de tamanho, tornando-se menos visíveis, com este tratamento.

Abaixo, levantei algumas das principais dúvidas que surgem aqui no consultório quando falamos sobre tratamento de estrias. Se você tiver outras, fique à vontade para deixar nos comentários. Responderei assim que possível! 😉

Como a tecnologia do laser fracionado não ablativo age no tratamento das estrias? O Laser fracionado não ablativo  é indicado para os dois tipos de estrias. O laser tem afinidade pela água e ao atingir a pele causa um superaquecimento. Essa queimadura é muito controlada e não chega a arrancar a pele, por isso é não ablativo. Além disso, atinge micropedaços da pele, deixando áreas de pele intactas entre as ilhotas de pele atingidas, ou seja, aquecimento fracionado. É essa pele que não foi afetada que vai facilitar a cicatrização das colunas de tecido atingidas pelo laser. As pequenas pontes de pele intacta permitem a reestruturação da epiderme (camada superficial da pele) de uma forma mais rápida, cômoda e com riscos mínimos de efeitos colaterais. Essa tecnologia é contra-indicada na gestação e em pessoas com doenças muito debilitantes. Tem como vantagens a segurança e eficácia, mas ainda é uma técnica cara.

Como a tecnologia da Luz Intensa Pulsada age no tratamento das estrias? Esta tecnologia é recomendada para o tratamento de estrias vermelhas. A luz é emitida em contato direto com a pele e vai atuar nos vasos, nas manchas e um pouco no colágeno. No caso da estria vermelha, os alvos são os vasos que dão cor avermelhada a elas. O vermelho dos vasos recebe um aquecimento, enquanto a pele normal é protegida por ter menor reação à luz e por um sistema de resfriamento. Esse aquecimento destrói os vasos e estimula o nascimento de colágeno. Essa técnica é contra-indicada em peles bronzeadas ou muito morenas. As vantagens é que é uma tecnologia não dolorosa e mais barata do que o laser.

Quantas sessões são necessárias e quanto tempo, dura, em média, cada uma? A freqüência do tratamento é de uma vez por mês, durante um período que varia de três a seis meses, de acordo com o quadro. A sessão dura, em média 20 minutos, mas depende muito do equipamento usado e do tamanho da área a ser tratada.

Como deve ser a manutenção da pele após o tratamento? A manutenção não é obrigatória, mas a dieta deve ser saudável e a oscilação de peso deve ser a mínima possível

Quais são os cuidados que o paciente deve ter durante o tratamento? Existem tratamentos mais agressivos e menos agressivos. Quanto mais agressivo menor será o número de sessões necessárias, porém haverá mais riscos de manchas e  a região deverá ficar longe do sol por mais tempo. Em média, a área tratada deve ficar coberta por no mínimo 30 dias. O dermatologista deve prescrever um creme adequado para acalmar a pele e um ácido para estimular a síntese de colágeno.