Pelos encravados? Aqui não!

Conhecido como foliculite, o problema acontece quando o pelo não nasce corretamente, ou seja, não consegue romper a pele, mas cresce internamente causando uma inflamação do folículo piloso, formando bolinhas acompanhadas de uma vermelhidão no local, dor e, quando infeccionado, pode apresentar pus.

É normal que os pelos nasçam um pouco encurvados, mas alguns tendem a nascer mais recurvados e encravar. Vale lembrar que não se trata apenas da tendência genética, mas também do tipo de depilação que é realizado com frequencia. Arrancar os pelos com cera fria ou quente causa mais pelos encravados do que a lâmina ou o creme depilatório. O ideal é evitar a depilação ou então aumentar o intervalo entre as sessões.

A lâmina usada incorretamente pode piorar o quadro principalmente no caso de virilha e barba. É importante evitar se barbear no sentido contrário ao do crescimento do pelo.O indicado é utilizar a lâmina de forma bem suave e com a pele bem hidratada, de preferência após o banho (pois a água quente e o vapor ajuda a abrir os poros) . A calça muito justa ou calcinha podem ser agravantes, assim como o excesso de esfoliação e cremes gordurosos ou óleo corporal. Por isso, se você já está propenso a ter pelos encravados, preste atenção nesses detalhes.

O desencravamento manual de cada pelo é feito com agulha esterilizada, colocando-a sob a alça formada e levantando-o com delicadeza e, na medida do possível, evitando lesar a pele. Mas, se o pelo estiver inflamado, o médico dermatologista deve ser procurado para indicar um creme anti-inflamatório e antibiótico ou, nos casos mais graves, antibióticos orais.

Se o encravamento for leve e não houver sinais de infecção, uma esfoliação suave com fubá e mel ou creme hidratante não oleoso pode dar certo. Em caso de inflamação leve recomenda-se apenas compressa com água ou soro em temperatura morna em cima da região inflamada.

Um alerta: as depressões causadas pela manipulação inadequada dos pelos encravados podem ser definitivas. Espremido insistentemente, um pelo encravado corre o risco de inchar e virar uma lesão chamada granuloma. A remoção pode ser cirúrgica ou à base de ácidos. A técnica mais indicada para resolver o problema é a depilação definitiva a laser ou luz intensa pulsada, as únicas capazes de destruir o folículo piloso e impedir o nascimento de outro pelo. O melhor a fazer para não piorar o pelo encravado é não cutucar, espremer ou tentar romper a barreira que está impedindo que ele cresça. Ao mexer na região, a pessoa traumatiza ainda mais aquele folículo que produz o pelo e pode deixá-lo mais inflamado ou até mesmo infeccionado, pois, como está machucado, é alvo fácil de fungos e bactérias.

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