Câncer que atingiu apresentadora de TV é comum em áreas do rosto mais expostas ao sol

O Carcinoma Basocelular tem baixa letalidade e o tratamento é simples desde que seja
identificado a tempo

O câncer no nariz foi noticiado pela atriz e apresentadora Marília Gabriela, de 72 anos, nas
suas próprias Redes Sociais. A apresentadora chegou a dizer que pensou se tratar de uma
espinha antes de procurar um especialista. No Instagram, Marília publicou uma foto com os
curativos pós-cirúrgicos e afirmou ter recebido alta do hospital. O tipo de câncer que atingiu
Marília foi o carcinoma basocelular, que é o tipo mais comum de câncer de pele no Brasil e
chega a atingir 75% dos casos da doença. Ele pode surgir em praticamente todos os tecidos
do nosso corpo. “Mesmo sendo um câncer que exige atenção, o carcinoma basocelular
apresenta grande índice de cura”, afirma a dermatologista Valeria Campos.

O Câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que
compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada
afetada, são definidos os diferentes tipos de câncer. A radiação ultravioleta é a principal
responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada
à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a exposição à radiação ultravioleta
(UV) tem efeito cumulativo e os raios solares penetram profundamente na pele, podendo
provocar diversas alterações, como o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros
problemas. A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos (não
cancerosos) ou malignos, como é o caso do carcinoma basocelular, tratado por Marilia
Gabriela, o carcinoma espinocelular (de incidência média) e o melanoma (o tipo mais grave
que chega a ser letal e mais raro). “Para cuidar da pele e evitar o surgimento de um carcinoma
é simples: usar sempre protetor solar, ficar menos exposto ao sol, evitar raios ultravioletas,
principalmente, no período entre 10h e 16h”, explica a Dra. Valeria.

Os Carcinomas surgem mais frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face
(principalmente o terço superior), orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Podem
se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Certas
manifestações do Carcinoma Basocelular podem se assemelhar a lesões não cancerígenas,
como eczema ou psoríase. O tipo mais encontrado é o nódulo-, que se traduz como uma pápula vermelha, brilhosa, que as vezes tem uma crosta central, que pode sangrar com
facilidade.

Observe as pintas
Além dos cuidados na exposição ao sol é importante, examinar, mensaanalmente, as pintas
que surgem no corpo. É uma rotina saudável, que, ajuda a identificar as mudanças na pinta,
se ela muda de cor ou forma pode ser um motivo de preocupação e de consulta imediata ao
especialista. O ideal é fazer um mapeamentos das pintas com o dermatologista, mas uma dica
simples é fotografar o corpo com o celular. Se for detectado rapidamente, é um tipo de
câncer perfeitamente curável. Algumas ações podem ser realizadas para que ele seja
detectado “O diagnóstico precoce pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso do
tratamento câncer de pele”, acrescenta a dermatologista.

Dicas de prevenção


A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção
sejam adotadas:
-Usar chapéus, camisetas e protetores solares.


-Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h.


-Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem até 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos
raios UV ultrapassam o material.


-Usar filtros solares diariamente, e não somente em dias ensolarados ou no horários de lazer e


diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção
solar (FPS) 30, no mínimo. O ideal é eu o produto indique o PPD (Persistant Pigment Darkening) que indica o grau de proteção contra os raios UVA. Nos rótulos, o PPD pode aparecer como FPUVA (Fator de Proteção UVA). “O PPD ideal é a partir de 10 e deve representar, no mínimo, um terço do FPS”, explica Valeria Campos

Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos. Os protetores físicos, à
base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele,
refletindo as radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de
deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas isso tem sido minimizado pelo
desenvolvimento de moléculas menores e coloração de base de alguns produtos. Já os filtros
químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas. Reaplicar o
produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto
no dia a dia, aplicar uma quantidade generosa pela manhã e reaplicar antes de sair para o
almoço.

-Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.


-Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

-Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis
meses.

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