Criomodulação Glacial é a novidade para remoção de manchas e melasma

Dermatologista explica sobre a nova técnica de congelamento aprovada nos Estados
Unidos para remover manchas na pele

O uso do frio para tratar manchas não é novidade! O gelo seco e o nitrogênio liquido já foram
muito utilizados no passado. Ainda hoje poucos dermatologistas fazem uso da técnica, o
motivo: seus efeitos colaterais. Segundo a dermatologista Valéria Campos, pós graduada
em laser pela Harvard Medical School, a mais conceituada Universidade dos EUA, “a chance
de tratar uma mancha escura com esses tratamentos e acabar com uma cicatriz
esbranquiçada é alta!. E se a célula que dá cor a nossa pele, o melanócito, é morta pelo frio,
a lesão pode ser definitiva”, explica a médica. O laser, que trabalha com o calor também tem
sido usado para tratar as manchas escuras, mas também não esta livre de efeitos colaterais.

Motivados pela grande frequência de manchas escuras na pele da população, as chamadas
manchas de idade, uma empresa americana se uniu aos maiores especialistas de laser do
mundo, da Harvard, mesma equipe que desenvolveu a Criolipólise, para resolver esse
dilema. “A equipe desenvolveu um sistema de resfriamento dérmico, que usa resfriamento
super controlado e preciso para clarear as manchas solares, sem tempo de inatividade e
menor risco de hiperpigmentação”, ressalta a especialista que participou da equipe que
desenvolveu esta tecnologia em Harvard.

Em um estudo publicado agora em janeiro de 2021, na prestigiada revista Lasers in Surgery
and Medicine, mostrou que a sensibilidade ao frio dos melanócitos pode ser aproveitada
para remover seletivamente as manchas enquanto preserva a pele normal ao redor. Os
resultados desta publicação demonstraram que tratamentos clínicos melhorados
direcionados especificamente para lesões escuras são possíveis usando o resfriamento da
pele para atingir temperaturas de tecido capazes de induzir a perda seletiva de células
pigmentadas sem necrose cutânea ou cicatriz.

“A técnica chamada de criomodulação é uma esperança para o tratamento do melasma, que
é um distúrbio pigmentar, incurável, e que raramente é controlável, sendo quase sempre
recorrente, muito comum e que tem um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes”,
afirma a médica. O equipamento aprovado pelo FDA, agência reguladora americana
recebeu o nome de Glacial, e o seu mecanismo de ação consiste no processo de supressão
da melanina, por meio do congelamento lento e controlado na região onde é aplicado.

O congelamento do núcleo do melanócito bloqueia a transferência de melanina para a pele,
promovendo a renovação celular com menos deposição de melanina. O estresse causado
pelo frio ainda acelera a esfoliação, tem efeito antiinflamatório, reduz a vermelhidão e o
edema e aumenta a uniformidade da pele, diminuindo a inflamação crônica causada pelo
próprio procedimento. “Esse efeito antiinflamatório é muito vantajoso no tratamento do
melasma. A entrega do frio de maneira controlada torna o tratamento agradável devido a
experiência sensorial refrescante e o efeito analgésico natural do resfriamento”, conclui a
especialista.

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