A olheira ou hiperpigmentação periorbitária é caracterizada por áreas escuras (manchas arroxeadas ou acastanhadas) ao redor dos olhos, causando uma diferença de tonalidade entre a pele das pálpebras e o restante da face. Afeta uma boa parte da população e pode provocar importante impacto na qualidade de vida, sendo grande a procura por tratamentos nos consultórios dermatológicos.
Sua principal causa é a hiperpigmentação devido ao aumento da produção de melanina (pigmento que dá cor à pele), o que leva ao escurecimento local. A etiologia é multifatorial e ainda não esclarecida totalmente. Fatores como hereditariedade, alergias, fadiga, insônia, anemia, abuso de drogas ou álcool, sol, anatomia da região periocular, vasculatura superficial e espessura da pele da região palpebral podem influenciar no surgimento das olheiras.
Pessoas com rinite, dermatite atópica ou asma, devido à coceira nos olhos, podem apresentar hipercromia pós-inflamatória contribuindo para a formação de olheiras. Além disso, questões genéticas ou qualquer estímulo que provoque a dilatação dos vasos, aumentando o fluxo sanguíneo local, pode causar as olheiras. É o caso da bebida alcoólica, medicamentos e, nas mulheres, o período menstrual.
A hiperpigmentação periorbitária possui um componente familiar, sendo transmitida de forma autossômica dominante. Pessoas com predisposição genética podem ter um acúmulo de vasos sanguíneos sob a pálpebra inferior, e por esta ser uma pele fina, consegue-se enxergar esses vasos por transparência. Quanto mais transparente a pele for (também uma característica hereditária) mais escuras são as olheiras.
A idade e a exposição solar também aumentam a quantidade de melanina em toda a pele, acentuando a olheira. Por isso, lembre-se sempre de aplicar o protetor solar!